Mídia exerce o
papel de “aparelho privado de hegemonia” , segundo a definição de Antonio
Gramsci. A mídia atua como agentes políticos-ideológicos
que procura defender os interesses de determinadas classes sociais, com isso,
em nome da “opinião pública” tentam ditar as agendas dos governos. São agentes privados que possui os seus
interesses privados e procuram representar o todo desde que isto não interfira
em seus interesses ou de determinadas classes sociais.
A dita
“opinião pública” é algo paulatinamente forjada e acertada entre os órgãos da
grande mídia. Há tempos atrás até podia-se encontrar diferenças entre as
grandes mídias, escritas ou faladas, hoje não há mais diferenças de conteúdo,
deixando muito claro o seu foco ideológico em defesa dos interesses do capital.
Como vimos à
mídia não representa os interesses do povo e sim de parte do povo, por isso não
devamos aceitá-la, sem restrição, como agente de investigação, pois não é o seu
papel a mediação de conflitos e geralmente não assegura a proteção aos
envolvidos, como o direito de resposta, por exemplo, este papel cabe ao Estado.
Para se legitimar a mídia tenta se revestir da ideologia da “neutralidade”, da
“independência”, da busca “pelo bem comum”, do “apartidarismo”, da “liberdade
de expressão” e “sentimento nacional” entre tantos outros. Quem participa de
movimentos e debates sabe, a opinião das pessoas pode sempre ser mudadas, basta
ter acesso às informações.
No Brasil não
haverá democracia sem a democratização da mídia. É preciso romper com este
sistema midiático composto por órgão privados, comerciais, partidários,
elitizado e oligopolizado, são na verdade um empecilho para o avanço da
democracia.
Hoje no Brasil
catorze famílias possuem 90% do mercado midiático (privada e comercial) e o
sistema de concessões de rádios e TVs são controlados politicamente pelo
Congresso Nacional. Com todo esse poder conseguem barrar a CPI do Cachoeira que
iria desnudar a Revista Veja e Revista época da Globo.
A grande
mídia, representantes dos interesses do capital, tenta ditar principalmente a
agenda do Ministro da Fazenda, a redução dos juros é um horror, vai deixar
muitas famílias da casa-grande em dificuldade, a farra do retorno fácil do
dinheiro está acabando, procura também a todo o momento forçar para que o
governo aumente o preço da gasolina para que as ações da Petrobras possam subir
e garantir o retorno na bolsa de valores. Índice de inflação já teve ter mais
de dez, até semanal tem, qualquer oscilação positiva do índice o comentarista
já fala, o governo precisa aumentar os juros para conter o consumo.
Leia mídias
alternativas: http://www.advivo.com.br/luisnassif/
, http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm
, http://www.conversaafiada.com.br/
, http://www.cartacapital.com.br/
, http://altamiroborges.blogspot.com.br/