Tenho lido e ouvido muita da mídia, principalmente nos últimos dois anos, que chega a dar a impressão que existe uma forte orquestração para apagar o passado, para tanto, tentam diariamente colocar que o país está cada vez pior e por eliminação o passado era melhor.
Claro que isso obedece a uma lógica, como o país tem uma população muito jovem onde 25% da população (50 milhões), faixa etária entre 16 e 28 anos, a estratégia da elite conservadora tem sido sempre de apagar o passado. Então cabem aqueles, assim como eu, que na década de 90 já estavam no mercado de trabalho trazer a tona os tempos difíceis que vivenciamos.
Então vou colocar alguns dados para relembrar um pouco do passado:
1995 – A taxa de juros chegou a 85,4 %, tudo para atender os interesses do capital especulativo.
1997 – FHC através da portaria n° 646/97, fixa metas para a diminuição de ensino médio pelas escolas técnicas federais.
1998 – PSDB E PFL queriam vender a Petrobras e primeiro quebraram o monopólio do petróleo. A riqueza aqui extraída seria simplesmente apropriada pelo capital internacional.
1999 – Desemprego cresce 38% no governo de FHC. Brasil com o 2° maior índice de desemprego do mundo.
2001 - O país tinha cerca de 50 milhões de indigentes, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas – FGV.
Servidores Federais – 08 anos de salários congelados e conviveram com grande número de terceirização e privatização. Acabou com a licença-prêmio, proibiu a contagem de tempo rural para a aposentadoria urbana, proibiu a realização de concursos públicos, dentre outros.
O Brasil conseguiu se reerguer porque o Movimento social (sindical e popular) atuou com muita bravura e organização, caso contrário o país hoje estaria na mesma condição da Argentina, privatizou todo o patrimônio público e ainda não conseguiu se reerguer.
Segue abaixo alguns recortes de jornais produzidos pelo blog de Paulo Henrique Amorim que ilustram um pouco deste passado que a elite conservadora tenta esconder.