Foi justamente no período da
crise que a Bolsa de Valores mais
cresceu nos últimos anos, teve um crescimento médio de 15% enquanto que nos 10 anos anteriores à crise, o
crescimento médio era de 6,73. Se desde
2015 para cá a situação ficou ruim para o trabalhador (aumento do desemprego e
diminuição da renda) para uma parte da sociedade a história foi outra,
principalmente os rentistas.
A crise foi forjada para aumentar
o lucro dos capitalistas, sem essa possibilidade de aumento dos lucros não
haveria aumento de interesse em aplicar na bolsa de valores. Neste período
houve um aumento de 86,4% no número de
desempregados no Brasil, o país saiu de uma taxa de desemprego de 6,5% no
final do ano de 2014 para 11,8% em 2018. Assim como em 1964, o golpe foi para
atingir o trabalhador, foi reduzir emprego e favorecer o grande capital.
Enquanto o PIB brasileiro teve um crescimento negativo de 4,12% no mesmo período a bolsa
de valores cresceu 75%. O país reduziu a produção e diminui empregos e com
isso sobrou dinheiro para a especulação financeira.
Estes dados são importantes para
desmistificar que o crescimento da bolsa é importante para o conjunto do povo
trabalhador, pode servir para alavancar dinheiro para as empresas, mas de
maneira geral, o crescimento do volume de recursos negociados na bolsa está
sempre relacionado com a expectativa futura de geração de lucros das empresas
e, neste sentido, quanto menor for a projeção de diminuição da folha salarial
maior é a sinalização passada para o mercado sobre o aumento do lucro.