A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades". Conquistar saúde requer um processo ativo em que indivíduos, e a sociedade criem e mantenham condições nas quais o bem-estar possa ser alcançado. Por isso, a criação de cidades saudáveis não deve ser considerada um objetivo final, mas uma trajetória, onde a cooperação entre acadêmicos, a comunidade e os especialistas de saúde pública e planejamento urbano possa ser a força motriz que coloque a saúde como peça central nas decisões sobre investimentos para os centros urbanos. Portanto, para uma cidade ser considerada saudável, o que conta são as ações que estão sendo tomadas, não as características atuais da cidade. Segundo a OMS para que uma cidade se torne saudável deve se esforçar para ter um ambiente físico limpo e seguro; um ecossistema estável e sustentável; alto suporte social, sem exploração; alto grau de participação social; necessidades básicas satisfeitas; acesso a experiências, recursos, contatos, interações e comunicações; economia local diversificada e inovativa; orgulho e respeito pela herança biológica e cultural; serviços de saúde acessíveis a todos e alto nível de saúde.
Sistema Municipal de Saúde:
Para garantir mais saúde é necessário romper com a institucionalidade e ampliar a participação popular.
· Atuar contra a privatização das unidades de saúde do município;
· Lutar por mais Unidades Básicas, Centros de Atenção Psicossocial, ambulâncias para o transporte de pacientes e defesa do Piso Nacional da Enfermagem;
· Lutar pela manutenção dos horários estendidos das unidades básicas de saúde com equipes adequadas;
· Contribuir para a criação de comitês populares em defesa da saúde e realização de conferência popular de saúde.
Hospitais públicos
A nossa história política sempre esteve ligada às lutas dos trabalhadores da saúde nos últimos 30 anos, pois trabalho no hospital regional há 36 anos. Além da organização dos trabalhadores da saúde é necessário também contar com apoio do parlamento municipal para as crescentes demandas do setor.
Atuar na defesa de melhores condições de trabalho para os servidores e terceirizados e espaços adequados para o atendimento aos usuários.
Lutar para que o sistema de saúde municipal funcione de forma adequada, evitando assim, a sobrecarga sobre os hospitais públicos e, consequentemente, sobre os trabalhadores da saúde. O sistema de saúde municipal precisa ser integrado para acompanhar o paciente após a alta hospitalar, principalmente junto aos pacientes idosos e acamados e os pacientes vítimas de trauma.
Atuar na mobilização do controle social do município de São José para exigir que o sistema de saúde municipal assuma definitivamente aquilo que é preconizado pelo SUS e atue de forma integrada com a gestão estadual do sistema a fim de melhorar a qualidade sistêmica.
Atenção especial à saúde da população idosa
A população com mais de 65 anos é o grupo etário que mais cresce no Brasil – vai dobrar em apenas uma década. Esse grupo precisa de políticas específicas e todo projeto da cidade precisa levar em conta as necessidades desse grupo. É preciso compreender o envelhecimento na sua diversidade e heterogeneidade para que as políticas públicas tenham a eficácia necessária. A família, a sociedade e o Estado tem o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando a sua participação na comunidade, o seu bem-estar e garantindo-lhe o direito à vida com dignidade.
Defendemos política municipal que garanta o auxílio material e social para as famílias que têm idosos acamados.
Defendemos a criação do Programa de Atenção Domiciliar para complementar aos cuidados realizados na atenção básica e em serviços de urgência, substitutivo ou complementar à internação hospitalar, para evitar as hospitalizações desnecessárias.
Defendemos também a Implantação do Programa Melhor em Casa
O Melhor em Casa é um Programa Federal (Portaria GM/MS Nº 3.005, de 2 de janeiro de 2024) que visa prestar um serviço indicado para pessoas que apresentam dificuldades temporárias ou definitivas de sair do espaço da casa para chegar até uma unidade de saúde, ou ainda para pessoas que estejam em situações nas quais a atenção domiciliar é a mais indicada para o seu tratamento.
O programa tem como objetivo proporcionar ao paciente um cuidado mais próximo da rotina da família, evitando hospitalizações desnecessárias e diminuindo o risco de infecções.
Defendemos a Implantação da Política Nacional de Cuidados Paliativos integrada às Redes de Atenção Básica. Este programa de saúde permite melhorar a qualidade de vida daqueles que enfrentam doenças graves, crônicas ou em estágio avançado, visando proporcionar uma experiência mais digna e confortável para pacientes, familiares e cuidadores.
Regenerar o espaço público, tornando-o saudável, estimulante e seguro
Calçadas, praças e parques limpos e bem mantidos, em todos os bairros, são caminhos para a saúde física e mental da cidade. É importante pensar em espaços adequados para todas as faixas etárias.
Nossa atuação será de contato permanente com as comunidades para fiscalizar e cobrar do poder público ações efetivas durante os quatro anos de gestão.
Saúde do Trabalhador
A atenção à saúde do trabalhador vem por anos sendo negligenciada pelo Poder Público municipal. A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Portaria GM/MS n° 1.823/ 2012) define princípios diretrizes e as estratégias para o desenvolvimento das ações de atenção integral à Saúde do Trabalhador, dando ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos.
Implantar o Programa Municipal de Saúde do trabalhador para atuar de forma articulada com a gestão da política nacional garantindo o funcionamento pleno da política.