quinta-feira, 8 de agosto de 2019

A CRISE TEVE OBJETIVO DE MELHORAR A REALIZAÇÃO DO CAPITAL



Foi justamente no período da crise que a Bolsa de Valores mais cresceu nos últimos anos, teve um crescimento médio de 15% enquanto que nos 10 anos anteriores à crise, o crescimento médio era de 6,73.  Se desde 2015 para cá a situação ficou ruim para o trabalhador (aumento do desemprego e diminuição da renda) para uma parte da sociedade a história foi outra, principalmente os rentistas.

A crise foi forjada para aumentar o lucro dos capitalistas, sem essa possibilidade de aumento dos lucros não haveria aumento de interesse em aplicar na bolsa de valores. Neste período houve um aumento de 86,4% no número de desempregados no Brasil, o país saiu de uma taxa de desemprego de 6,5% no final do ano de 2014 para 11,8% em 2018. Assim como em 1964, o golpe foi para atingir o trabalhador, foi reduzir emprego e favorecer o grande capital.

Enquanto o PIB brasileiro teve um crescimento negativo de 4,12% no mesmo período a bolsa de valores cresceu 75%. O país reduziu a produção e diminui empregos e com isso sobrou dinheiro para a especulação financeira.

Estes dados são importantes para desmistificar que o crescimento da bolsa é importante para o conjunto do povo trabalhador, pode servir para alavancar dinheiro para as empresas, mas de maneira geral, o crescimento do volume de recursos negociados na bolsa está sempre relacionado com a expectativa futura de geração de lucros das empresas e, neste sentido, quanto menor for a projeção de diminuição da folha salarial maior é a sinalização passada para o mercado sobre o aumento do lucro.