sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

2013 SERÁ UM ANO DE DISPUTA MAIS INTENSA

O final de 2012 aponta para um cenário de disputas e lutas para o ano de 2013, o povo precisa discutir e enfrentar a casa-grande que comanda a elite do capital. A grande mídia conservadora - PIG (Partido da Imprensa Golpista) há tempo vem passando o seu recado. A história nos mostra do que eles são capazes, já fizeram isso algumas vezes, em 1964 também. Então não devemos ficar atento apenas aos fenômenos, mas para as leis que estão determinando os fenômenos, o texto abaixo contribui para esclarececer um pouco esta questão.

"A crise sistêmica do capitalismo, blindada desde 2008 pelo poder de persuasão do seu aparato ideológico, encerra certo incentivo ao desespero milenarista.

A percepção do matadouro existe; seus contornos se estreitam. Alternativas são desautorizadas . O velho aparato interdita a busca de novos caminhos. Instituições são capturadas pela crise; a sociedade é destituída das suas salvaguardas. Governantes mugem como gado no rumo do abate. Pode ser no próximo ajuste. Ou nas urnas.

Seria preciso reformar as instituições democráticas para enfrentar a abrangência e a profundidade de uma crise como a atual.

O dispositivo midiático cuida de interditar esse debate.E toma a lição de casa a cada dia. No café da manhã, à tarde e na sabatina da noite." (Saul Leblon - Carta Maior)
Leia o texto na íntegra:http://cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=6&post_id=1160

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A GRANDE MÍDIA E SEUS INTERESSES



Mídia exerce o papel de “aparelho privado de hegemonia” , segundo a definição de Antonio Gramsci.  A mídia atua como agentes políticos-ideológicos que procura defender os interesses de determinadas classes sociais, com isso, em nome da “opinião pública” tentam ditar as agendas dos governos.  São agentes privados que possui os seus interesses privados e procuram representar o todo desde que isto não interfira em seus interesses ou de determinadas classes sociais.
A dita “opinião pública” é algo paulatinamente forjada e acertada entre os órgãos da grande mídia. Há tempos atrás até podia-se encontrar diferenças entre as grandes mídias, escritas ou faladas, hoje não há mais diferenças de conteúdo, deixando muito claro o seu foco ideológico em defesa dos interesses do capital.
Como vimos à mídia não representa os interesses do povo e sim de parte do povo, por isso não devamos aceitá-la, sem restrição, como agente de investigação, pois não é o seu papel a mediação de conflitos e geralmente não assegura a proteção aos envolvidos, como o direito de resposta, por exemplo, este papel cabe ao Estado. Para se legitimar a mídia tenta se revestir da ideologia da “neutralidade”, da “independência”, da busca “pelo bem comum”, do “apartidarismo”, da “liberdade de expressão” e “sentimento nacional” entre tantos outros. Quem participa de movimentos e debates sabe, a opinião das pessoas pode sempre ser mudadas, basta ter acesso às informações.
No Brasil não haverá democracia sem a democratização da mídia. É preciso romper com este sistema midiático composto por órgão privados, comerciais, partidários, elitizado e oligopolizado, são na verdade um empecilho para o avanço da democracia.
Hoje no Brasil catorze famílias possuem 90% do mercado midiático (privada e comercial) e o sistema de concessões de rádios e TVs são controlados politicamente pelo Congresso Nacional. Com todo esse poder conseguem barrar a CPI do Cachoeira que iria desnudar a Revista Veja e Revista época da Globo.
A grande mídia, representantes dos interesses do capital, tenta ditar principalmente a agenda do Ministro da Fazenda, a redução dos juros é um horror, vai deixar muitas famílias da casa-grande em dificuldade, a farra do retorno fácil do dinheiro está acabando, procura também a todo o momento forçar para que o governo aumente o preço da gasolina para que as ações da Petrobras possam subir e garantir o retorno na bolsa de valores. Índice de inflação já teve ter mais de dez, até semanal tem, qualquer oscilação positiva do índice o comentarista já fala, o governo precisa aumentar os juros para conter o consumo.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Gastos com saúde no Brasil é muito baixo, a luta para aumentar tem que ser permanente. Precisamos lutar pela diminuição da taxa de juros que consome cerca de 40% do Orçamento da União, com isso também é retirado este percentual do Orçamento da Saúde. Leia matéria abaixo.

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Estamos na contramão da história. Estudos comprovam que os países com melhores indicadores de saúde são aqueles com sistemas universais de assistência, com forte participação do Estado no financiamento, na gestão e na prestação de serviços. É o caso de Alemanha, França, Itália, Espanha, Inglaterra e outros. Em todos, a fórmula do sucesso se repete: os governos investem em saúde parcela significativa de seus orçamentos totais, orientando alto percentual do PIB ao atendimento das necessidades da área.
   De forma global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o gasto público em saúde equivale a 60%, contra 40% do privado. Há países em que o percentual público chega a 80%, restando 20% para o setor privado. O governo do Reino Unido, por exemplo, elevou de 79,3% para 83,6%, de 2000 a 2008, sua porcentagem de investimento público dentro das despesas totais em saúde. Os gastos do setor privado representam apenas 16,4% das despesas gerais em saúde. Na Alemanha, a proporção é de 77,8% para os gastos governamentais contra 22,20% do privado. 

No entanto, o Brasil insiste em descumprir a lição. Aqui, os investimentos do governo na área representam 45%, para cobrir a totalidade dos brasileiros, contra 55% do privado, que, em princípio, atende apenas um quarto da população brasileira. Na comparação das despesas em saúde com o PIB, o Brasil fica, na média global, com 9%. No entanto, ao avaliar o quinhão do investimento estatal, esse percentual cai para 3,5%, enquanto a média internacional fica em 5,5%.
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  (Roberto Luiz D'Avila, presidente do Conselho Federal de Medicina)

Como que a periferia está mudando a ordem do mundo capitalista


Summers e os ensaios para uma nova ordem capitalista

Autor: 
 
Até Larry Summers, o duro Larry Summers, o homem que vinha dar aulas de neoliberalismo aos “macaquitos”, curvou-se antes as evidências da nova fase do capitalismo, na qual a geração de empregos passa a ser o ponto central, muito mais do que a inovação tecnológica. E onde os grandes serviços públicos (educação, saúde) passam a ser analisados não apenas como essenciais para a melhoria da qualidade de vida, mas como motores de desenvolvimento. O recado foi passado no maior fórum do capitalismo mundial, o World Economic Forum, em Davos.
Anos atrás, o grande José Gomes Temporão, ainda Ministro da Saúde, encomendou um trabalho sobre a participação dos serviços de saúde no PIB. Resultou em um seminário no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico s Social), onde se lançaram os primeiros ensaios de política industrial.
Para se entender a abrangência dessa manifestação, lembre-se primeiro que Summers foi dos principais porta-vozes globais do neoliberalismo. Longe dele o refinamento intelectual e a visão multidisciplinar de um Martin Wolff. Apesar de egresso do meio acadêmico, ele é direto e sem verniz como um texano. Daí a importância de suas colocações.
Os pontos centrais da doutrina neoliberal foram:
  1. Nos Estados Unidos, o projeto de focar a economia no setor financeiro e de serviços, deixando o chão de fábrica para a China. Perderam o bonde. Nenhum dos dois setores consegue substituir a indústria como fator dinâmico da economia e geradora de empregos. A indústria tem cadeias produtivas complexas, irriga os locais onde se instalada com a criação de redes de fornecedores, é cliente dos bancos e dos serviços. Sem a indústria sufocou-se o emprego, derrubou-se o mercado de consumo. Contornou-se essa vulnerabilidade com uma orgia de crédito. Até a bolha estourar.
  2. A ideia de da opção preferencial pelos ricos. Eliminem-se os impostos dos ricos e, como eles são mais eficientes na alocação de recursos, o dinheiro economizado será investido em novas empresas que aumentarão a oferta de empregos e a arrecadação. Os ricos tornaram-se mais ricos e os os pobres se tornaram mais pobres nos principais países a abraçar essas teorias: EUA e Inglaterra.
No Brasil, o anacronismo oportuno do pensamento acadêmico criou a ideia dos campeões nacionais – abraçada tanto pelo neoliberalismo de FHC como pelo desenvolvimentismo de Luciano Coutinho, do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico s Social).
Não se confunda esse viés pró-emprego com a batalha de agregar valores à produção brasileira. Agregar valor significa oferecer empregos de melhor qualidade.

A década de ouro do capitalismo

No meu livro “Os Cabeças de Planilha” prevejo a guinada do capitalismo nessa direção, de pensar sistemicamente a economia, colocando em pé de igualdade mercado de capitais e pequena e micro empresa, inovação e políticas sociais etc. O método para se chegar a isso era simplesmente o de estudar o que ocorreu no ciclo financista anterior (que se desenvolve nas três últimas décadas do século 19, termina na 1a Guerra e é enterrado na crise de 29).
A recuperação se dá, primeiro, no modelo norte-americano do New Deal, de Roosevelt. Depois das disfuncionalidades amplas do setor financeiro, a economia volta-se para os municípios, legitima-se o papel dos bancos regionais, da geração de empregos e do discurso da solidariedade.
Quando o New Deal se esgota, Nelson Rockefeller propõe um segundo New Deal – que seria o esforço norte-americano para ajudar no desenvolvimento da América Latina. Libertar-se-ia o continente do atraso dos coronéis políticos, se criaria uma classe média forte, um mercado de capitais pujante, se investiria em ciência e tecnologia e se teria uma economia moderna integrada comercialmente aos Estados Unidos.
Nesse mesmo período, a criação da ONU e do Banco Mundial abriu espaço para uma estupenda geração de economistas sociais abraçando a bandeira da erradicação da miséria e o desenvolvimento das nações periféricas.
O grande inspirador desse movimento foi um dos maiores cientistas brasileiros de todos os tempos, Josué de Castro, cujos livros sobre a miséria incendiaram o idealismo dessa geração – muitos fugidos da guerra, como Albert Hirschmann e meu vizinho fantástico Ignacy Sachs, polonês de nascimento, naturalizado francês, mas brasileiro de coração.
Foram eles que pavimentaram o que se considerou a era de ouro do capitalismo, as três décadas em que o capitalismo tentou se legitimar como agente erradicador da miséria. Esse movimento acabou há exatos 40 anos, quando Richard Nixon decretou o fim da paridade dólar-ouro e inaugurou uma nova fase financista. A data passou quase em branco semanas atrás.
Nas suas missões latino-americanas, Hirschmann foi parar na Colômbia. E lá se deparou com uma sinuca. A ideia do desenvolvimento harmônico de todos os setores era impossível. Colômbia era um mar de atraso cercando algumas poucas ilhas de excelência.
Decidiu então recomendar novas estratégias de desenvolvimento. Primeiro, eleger os setores campeões. Depois, montar políticas econômicas que os beneficiassem, permitindo a acumulação de lucros e o crescimento. Esses setores trariam, atrás de si, a modernização do país.
Nos anos 60, essa mesma estratégia foi desenhada pelo mais imaginativo economista brasileiro, Ignácio Rangel, mas beneficiando o setor financeiro. Rangel considerava que o país só se desenvolveria quando tivesse grandes grupos financeiros que investissem nos grandes setores de infraestrutura. Por isso era contra qualquer política monetária ortodoxa, pois considerava que a flexibilidade monetária era fundamental para permitir grandes ganhos ao setor.
Desde os anos 50, a política econômica brasileira tem sido a arte de criar campeões nacionais: com Campos e Bulhões, os bancos; com Geisel, a indústria; com Coutinho, os frigoríficos. A diferença entre a PUC-RJ e a Unicamp residia apenas na escolha dos SEUS campeões.

O modelo colombiano no Brasil

No final de “Os Cabeças de Planilha” publiquei uma longa entrevista com FHC sobre o Brasil que ele ajudou a moldar. Não tinha nenhuma informação que prestasse sobre a importância da criação do tecido econômico em torno de pequenas e micro empresas; sobre a importância da inovação, mesmo do mercado de capitais, nada sobre arranjos produtivos locais, adensamento de cadeias produtivas, ou massificação de políticas sociais. Indaguei qual o modelo de desenvolvimento que perseguia. E ele: fortalecer grandes grupos modernos (no caso os financistas) e essas empresas, por si, conduziriam o país para a modernidade.
Era incrível que, em plenos anos 90, em uma economia diversificada, industrializada, complexa como a brasileira, FHC fosse aplicar as fórmulas de Hirschmann para a economia agrária da Colômbia dos anos 50.
Nenhuma teoria se faz no vazio. No jogo político, definem-se interesses políticos e, depois, busca-se a teoria mais adequada. A ideia do “campeão nacional” é atraente para o político, especialmente o gestor de políticas econômicas. Criam-se grandes grupos que serão aliados no presente e gratos no futuro. Muito diferente de políticas que beneficiam agentes pulverizados pelo país – como pequenos e médios empreendedores ou miseráveis atendidos por políticas sociais.
É por isso que a modernização brasileira se deu através dos agentes de políticas sociais, dos economistas e técnicos que ajudaram a montar o Bolsa Família, e de um governo que resolveu atropelar os cânones da economia na grande crise inaugurada em 2008.
Será sumamente interessante ver como se dará o aggiornamento dos economistas brasileiros. Não dos cabeças de planilha e economistas de papel – como o inacreditável professor de Deus Alexandre Schwartsman -, mas dos grandes intelectuais de ambas as escolas, os Werlangs e os intelectuais da PUC, o Instituto de Economia da UFRJ e da Unicamp.
Pena que esse período próximo, extremamente rico, não conte mais com a contribuição de Antonio Barros de Castro e Dionisio Dias Carneiro. Mas pelo menos se tem um Delfim Nettoi extremamente ativo e um Mailson da Nóbrega prudentemente calado.

Mudança que pode comprometer o futuro da nação.

Mudanças na Petrobrás e a soberania do país


por Mauro Santayana


Certos jornais e alguns de seus analistas políticos estão, de maneira dissimulada e com as artimanhas conhecidas, insinuando e apoiando a saída do geólogo Guilherme Estrella da mais importante das diretorias da Petrobras, a que cuida, exatamente, da pesquisa e produção. Do ponto de vista técnico, parece improvável que o Brasil disponha de outro quadro como Estrella. Ele entrou para a empresa mediante concurso público, há 48 anos, logo depois de formado – e se destacou, em seguida, como um dos mais competentes profissionais da instituição.


Sua trajetória, a partir de então, se insere na construção da história da  empresa. Participou das primeiras pesquisas e exploração do óleo no mar brasileiro. A partir de suas investigações teóricas sobre a geologia marítima, conduziu os estudos pioneiros que levaram à descoberta das jazidas do pré-sal. Como geólogo de campo, e trabalhando para a Petrobrás no Iraque, descobriu, em 1976,  o gigantesco campo de Majnoon, com reservas superiores a 10 bilhões de barris. Como se sabe, o Brasil renunciou à exploração desse campo, por iniciativa do então Ministro de Minas e Energia, Shigeaki Ueki.


Estrella foi o coordenador da instigante investigação científica, que atribui a origem do petróleo brasileiro a depósitos lacustres, anteriores à separação dos continentes africano e sulamericano. Assim se formou o pré-sal, com o Atlântico ocupando o  espaço lentamente aberto, durante séculos geológicos. O diretor de Pesquisa e Produção da Petrobrás é, assim, um dos mais importantes geólogos do mundo. Sem dúvida, é o mais competente profissional da área em nosso país, ao associar o saber teórico à prática, como pesquisador de campo – que foi durante décadas – e ao êxito no cumprimento da responsabilidade pela descoberta e produção de nossas jazidas.


Mas o geólogo Guilherme Estrella tem dois defeitos gravíssimos, e, por isso, todos os interesses antinacionais – internos e externos – se unem para derrubá-lo, neste momento de mudanças na empresa. O primeiro deles é o seu confessado nacionalismo. O diretor de pesquisas e exploração foi nomeado pelo governo Lula, em sua política de recuperar a empresa, minada pela administração entreguista e irresponsável do governo Fernando Henrique Cardoso.


Seu antecessor no cargo, José Coutinho Barbosa,  protelava as perfurações exploratórias, a fim de que, ao vencer o prazo para as prospecções, em agosto de 2003, as áreas novas fossem devolvidas à ANP. Com isso, seriam outra  vez levadas a leilão, a fim de serem arrematadas pelas empresas  estrangeiras. Em poucos meses – de janeiro a agosto – Guilherme acionou a equipe de geólogos, conduziu-a com seu entusiasmo e capacidade de trabalho, e conseguiu descobrir mais seis bilhões de barris, dos 14 bilhões das reservas brasileiras antes do pré-sal.  Assim, impediu a grande trapaça que estava em andamento.


A outra razão é a transparente visão humanística de Guilherme Estrela. O geólogo não separa a ciência de sua responsabilidade pela busca da justiça e da igualdade social para todos os homens. Em dezembro último, ao falar em Doha, no Qatar, durante o 20º Congresso Mundial do Petróleo, ele, depois de seu excurso técnico sobre o óleo no mundo, suas reservas e perspectivas, aproveitou sua palestra para denunciar o sofrimento de grande parte da humanidade, sobretudo da parcela africana, em conseqüência da desigualdade e da injustiça. “Todos nós devemos ter vergonha disso” – resumiu.


Os maiores interessados na substituição de Guilherme Estrella são, em primeiro lugar, as empresas multinacionais, que têm, no profissional, o principal guardião dos interesses brasileiros. Não só as petrolíferas, mas, também, as fornecedoras de equipamentos. Desde 2003, o diretor de Pesquisa e Exploração da Petrobrás vem revertendo, na medida do possível, a danosa situação imposta pelo governo neoliberal, que, ao nivelar, nos mesmos direitos legais, as empresas estrangeiras com as brasileiras, promoveu a falência de indústrias nacionais, entre elas algumas  fornecedoras de equipamentos para a Petrobras.


Guilherme Estrella tem procurado encaminhar as encomendas para as empresas genuinamente brasileiras, sem prejudicar o desempenho da Petrobrás como um todo. Graças a essa política, ditada pelo interesse nacional, e recomendada pelo governo, reativou-se a indústria naval, e as plataformas, antes encomendadas no Exterior, estão sendo produzidas no Brasil, com a redução da participação estrangeira ao absolutamente necessário.


Outros interessados pela substituição do diretor são os notórios fisiólogos do PMDB. Como é de incumbência dessa diretoria as compras de equipamentos caros e pesados, ela vem sendo disputada pelo partido. Está claro que o ministro Edison Lobão deseja a substituição de Guilherme Estrella. Mas é improvável que o padrinho político do Ministro, o senador José Sarney – reconhecidamente um nacionalista – aceite, e nesse momento internacional difícil, a co-responsabilidade pela saída do atual diretor de Pesquisa e Produção da Petrobrás. Recorde-se que em seu governo o presidente Sarney resistiu e não privatizou nenhuma empresa. E quando Fernando Henrique decidiu privatizar a Vale do Rio Doce, Sarney escreveu-lhe uma carta vigorosa condenando a iniciativa.


O conhecimento é o principal instrumento da soberania. Homens como Guilherme Estrella não se escolhem com critérios políticos menores, mas, sim, em decisões maiores de política de Estado. E cabe um esclarecimento: quando Lobão diz que o diretor está pretendendo deixar o cargo, emite um palpite, ou expressa desejo pessoal – que não lhe cabe manifestar. Ao ministro cabe executar uma política de governo.


É certo que os inimigos do geólogo o têm submetido a  solerte guerra de desgaste, com o propósito, deliberado, de provocar uma reação emocional de sua parte. Mas Estrella é bastante arguto para perceber quem está por detrás da campanha para  afastá-lo. Aos 69 anos, está ainda jovem para abandonar a missão de que se encarregou, no dia em que começou a trabalhar na empresa – a primeira e única ocupação de sua vida. Ele sabe, que, no fundo, isso constituiria quase um ato de traição ao Brasil e ao seu povo.


Não lhe cabe, por isso mesmo, demitir-se do cargo que ocupa.

domingo, 31 de outubro de 2010

ENFIM A VITÓRIA DE DILMA

Há um ano atrás era dada como certo a vitória de Serra nesta eleição, havia muita dúvida se o Presidente Lula conseguiria transmitir votos para a sua candidata. Erraram todos, venceu Dilma, apesar de toda a força que boa parte da mídia, direta ou indiretamente deu ao candidato Serra. Por ora, o povo brasileiro sepultou a possibilidade da volta da política Liberal, da política do Estado Mínimo e da política subordinada aos interesses do capital internacional.

Esta vitória representa a continuidade do projeto que quer um Brasil mais igual. Esta vitória significa que a união dos trabalhadores foi possível enfrentar o capital elegendo LULA, assegurou a sustentação popular do governo, através das reivindicações impôs um caminho a ser percorrido pelo Governo e agora não vacilou e se uniu para eleger a primeira mulher presidente do Brasil.

Certamente esta eleição ficará para a história, um trabalhador representante das classes mais populares do país consegue chegar ao término do segundo mandato a Presidente com o mais alto índice de aprovação e ainda consegue eleger como sucessora uma mulher que sequer tinha disputado uma eleição.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O que de fato está jogo nesta eleição


O povo trabalhador está sendo bombardeado com um monte de informações para que o jogo fique embaralhado e crie uma grande confusão na cabeça das pessoas, com essa “cortina de fumaça” cria-se a possibilidade de esconder o que na realidade está em jogo.

Mas o que está em jogo? Esta resposta está ao tempo todo sendo escondida pelos grandes donos da Mídia brasileira (Globo, Folha, Veja e outros), pois eles defendem, em primeiro os seus interesses, os da elite conservadora e os interesses do capital. Para este pessoal não há espaço para defesa do povo trabalhador contra o capital. Basta lembrar como se comporta a RBS quando os trabalhadores da saúde fazem greve.

Mas afinal, o que está em jogo? Está em jogo é o projeto de desenvolvimento do Brasil comandado por representantes da Classe Trabalhadora. Este projeto permite que a renda continue sendo mais bem distribuída e ainda incluindo milhões de pessoas a viver sob uma condição mais digna, com mais perspectiva de conseguir casa própria e ter emprego. Permite que o Brasil dialogue com o mundo de forma independente e não mais de como ator coadjuvante do elenco da Casa Branca comandada pelo Governo Norte Americano.

No velho projeto, o de SERRA (FHC) dos DEMOTUCANOS, não há possibilidade de defesa dos interesses da classe trabalhadora, é um projeto entreguista, como já foi o de FHC. Neste projeto está a desregulamentação trabalhista para retirar direitos dos trabalhadores, é a volta do culto ao Estado Mínimo e com isso vem a privatização e a entrega do serviço Público para as Organizações Sociais. O Petróleo deixará de ser uma riqueza nacional para atender as necessidades do povo brasileiro para atender os anseios do capital internacional, especialmente o norte-americano. Este velho projeto tem como objetivo principal manter o poder da velh elite que comanda este país há 500 anos. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras, por isso, estamos entre os países mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.

Lembram do tempo de FHC? O que mais se falava era que emprego com carteira assinada estava com os dias contados, tínhamos que criar outras formas de gerar renda e acabar com a CLT, acabar com a era Vargas. O índice de desemprego medido pelo IBGE dobrou neste período. As Universidades Federais ficaram na miséria, não foi criada nenhuma, em oito anos, com isso milhões de brasileiros foram impedidos de cursar um Curso Superior. Também queriam transformar o Brasil em uma colônia norte-americana e atender somente os interesses do capital internacional, neste caso, quanto menos letrados melhor.

Então veja a diferença de projeto para o país na área da Educação, por exemplo: Enquanto o governo de FHC não investiu na criação de Universidades Federais, o Governo Lula criou mais 13 campus, além da ampliação das existentes, passando de 113,9 mil alunos em 2003 para 222,4 mil alunos nas universidades federais. Enquanto no governo FHC foi proibida a criação de novas Escolas Técnicas pela União, no Governo Lula, estão sendo construídas ou implantadas 214 novas unidades, quase o dobro da quantidade existente no país, que era 140 unidades até 2002.

Para o povo trabalhador esclarecido, ou que busca o esclarecimento, não pode haver dúvida sobre qual projeto escolher. Nesta eleição junto com a pessoa para governar você está escolhendo um projeto para o país. O povo trabalhador deste país não pode vacilar. Somente o voto em Dilma presidente dá a certeza que o Brasil será governado para beneficiar a maioria dos brasileiros.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Gengibre poderá ser usado no tratamento do câncer

Estudos apontam que uma espécie de gengibre encontrado na floresta amazônica pode ser muito eficaz no combate ao cancer, o estudo está em fase final. Leia matéria na íntegra. Gengibre poderá ser usado no tratamento do câncer: "O extrato de um novo tipo de gengibre encontrado na Amazônia é mais potente do que os remédios alopáticos utilizados na terapia da doença."

terça-feira, 20 de julho de 2010

PORQUE SERÁ QUE A MIRIA LEITÃO DA GLOBO ANDA TRISTE?

A comentarista de Política e Economia da Rede Globo tem feito seus comentários com um semblante que demonstra tristeza e inquietação. Será porque o crescimento econômico do Brasil acima da sua previsão? Será porque o crescimento do emprego no Brasil este ano foi maior que o crescimento do emprego de todos os países europeus somados? Será porque o seu candidato a presidência do Brasil, José Serra, está escorregando nas pesquisas? O que você acha?

terça-feira, 13 de julho de 2010

PREFEITURA DE SÃO JOSE NÃO CUMPRE LEI SOBRE A TRANSPARENCIA NAS CONTAS PÚBLICAS

A Prefeitura de São José retirou, há mais de duas semanas o Link Contas Públicas da sua página na internet, descumprindo o que determina a Lei Complementar 131/2009.

Esta Lei determina que "liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público".

E ainda "todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou o serviço prestado, a pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;". O texto na íntegra você encontra no site:http://www6.senado.gov.br/sicon/#

Com a implementação destas informações nas páginas da internet pelas Prefeituras e pelos governos estaduais a população tem mecanismos efeticiente para acompanhar a Administração Pública.

domingo, 11 de julho de 2010

DIFERENÇA ENTRE RADICAL E SECTÁRIO

Radical tem a origem etimológca "que se firma nas raízes", seguindo este raciocínio radical é aquele que não é superficial procura ter solidez nas suas posturas. Já o sectário, é o intrasigente, faccioso. Então ser radical é uma virtude e não um defeito.

sábado, 19 de junho de 2010

MAIS UMA VEZ É CHEGADA A HORA DA LUTA E DA SOLIDARIEDADE

No dia 22 de JUNHO começa mais uma greve na saúde. Este é o momento que precisamos da união e a solidariedade de todos os companheiros e companheiras. Quem estiver contra a greve estará ajudando governo negar a possibilidade da incorporação do abono conquistado na última greve. A hora é agora, caso contrário, somente a partir do início de 2011 é que será possível buscar esta incorporação. Geralmente no início de cada governo é difícil conseguir discutir questão salarial, fica o alerta.

A incorporação do abono significa um aumento de mais de 16% sobre os triênios, sobre a Hora Plantão e sobre a Hora Sobreaviso. Faça a sua conta.

Cito estas informações para que cada um entre na greve mais informado e tenha mais convicção sobre a importância desta luta.

Sei que está sendo bastante questionada pelos companheiros e companheiras do HRSJ e IC sobre a decisão da Assembleia Geral que decidiu, por maioria dos presentes, que a categoria irá entrar em greve a partir do dia 22 de Junho. A decisão por greve foi tomada porque não havia outra alternativa para buscar esta incorporação do abono, pois o Governo Pavan, até o momento, tratou apenas de enrolar e efetivamente não negociou nada. Também foi decido por greve mesmo entendendo que não havia mobilização suficiente dos trabalhadores da saúde para fazer este enfrentamento, mas como não havia outra alternativa em função do calendário eleitoral, o qual proíbe reajuste salarial a partir de 04 de Julho, então o Sindicato (Comando) apresentou a proposta de greve com o compromisso de construir a mobilização principalmente nos maiores hospitais da região.

E greve sem mecanizar ponto e sem concentração na frente dos hospitais:
Acho que isso é bom, fica mais fácil para se avaliar o verdadeiro quadro de greve, no passado já fizemos uma boa greve assim. Na minha avaliação se todos os setores se organizassem para vir trabalhar apenas quem estivesse de Hora Plantão já daria uma boa greve e manteria, ainda que de forma muito precária, a continuidade do serviço.
A concentração será na Assembléia Legislativa para evitar pressão da população e da mídia sobre os trabalhadores em greve e também porque devemos manter pressão sobre os deputados para abrir de imediato a negociação.

domingo, 16 de maio de 2010

A IMPORTANCIA DAS CONFERÊNCIAS

Luiz Nassifi, um dos melhores colunistas do Brasil, postou em seu blog uma matéria sobre a importância das conferências. Afirmou que "ao contrário do que a velha mídia dava a entender, as conferências não são locais de prosetelismo nem de tomada de poder. O pessoal da saúde é do Partido da Saúde; o da Assistência Social é do Partido da Assistência Social." Afirma também que "nesse modelo com a participação de dezenas de milhares de pessoas (isso mesmo, apesar de você nunca ter lido nos jornais) abole-se a mediação da classe política e da mídia, as duas entidades entidades que disputavam a exclusividade de falar em nome da opinião pública."

Até poucos anos atrás havia apenas as Conferências de Saúde, somente no Governo Lula é que as Conferências foram ampliadas para outros setores. Tivemos Conferências das Cidades, Conferência da Comunicação, onde a Globo e grande mídia tentou fazer de tudo para desqualificar este fórum de discussão. Em todas são realizados debates muito importante, mesmo com a falte de interesse de muitos governos de estados e municípios.

terça-feira, 4 de maio de 2010

GASTO COM SAÚDE NO BRASIL PRECISA SER MAIOR

O Brasil aplica apenas 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) com saúde, incluindo os gastos do Governo Federal, Estadual e Municipal. Segundo Sérgio Piola, especialista do IPEA, o gasto com saúde é muito baixo para um pais que pretende ter cobertura integral e universal. Estudos do IPEA indicam que seriam necessário um investimento de no mínimo 6,5% do PIB para que haja uma cobertura capaz de garantir um bom serviço de saúde em todas regiões do pais.

domingo, 2 de maio de 2010

A MÍDIA NÃO PODERIA IGNORAR O DIREITO DOS USUÁRIO

As emissoras de rádio e televisão precisam de uma licença do União para funcionar, regidas em contrato, por tempo determinado e sob condiçoes definidas em Lei, portanto, a mídia do rádio e televisão tem a obrigação legal de prestar um serviço público, respeitando principalmente o direito e o interesse dos telespectadores e dos ouvintes e não visar somente os interesses dos seus donos.